Práticas de sustentabilidade: a separação do lixo

Práticas de sustentabilidade: a separação do lixo

Em algum momento do ano passado, comentei aqui no blog que eu estava fazendo um curso sobre práticas de sustentabilidade. Este ano, aos poucos, pretendo introduzir algumas das práticas aprendidas no meu dia a dia – e vou compartilhar as novidades com você.
No início, falaremos sobre assuntos que talvez pareçam “carne de vaca” (expressão lá da minha cidade pra coisa repetida, muito comum), mas que são necessários, considerando que nem todos sabem a importância das pequenas atitudes nesta tarefa de mudar o mundo (um exagero literário aceitável, penso eu rs!). Além disso, muitas vezes nós mesmos não sabemos como proceder. Por isso, pretendo tirar algumas dúvidas, se for possível, e contribuir pra que as práticas de sustentabilidade sejam tidas como nossas amiguinhas :)
Hoje, o assunto é o básico do básico: a separação do lixo. Em locais públicos vemos que existem aquelas lixeiras coloridas com espaço pra papel, metal, plástico, vidro e resíduo orgânico. Mas na sua casa você não precisa ser tão criteriosa assim, pois basta ter duas lixeiras: uma pro “lixo” reciclável e outra pro orgânico.
Daí em diante você já sabe o que fazer: jornais, revistas, latas de alumínio, PETs, frascos de vidro, vão pra lixeira do reciclável; restos de alimento, papel higiênico, guardanapo de papel engordurado, esponja de aço, vão pra de orgânicos (aqui tem uma lista completa).
Não dá trabalho e é uma tarefa de baixíssimo nível de dificuldade, que dá até pra você ensinar às crianças da casa e pedir que elas a realizem, assim aprenderão a responsabilidade da atividade desde cedo.
MAS, se você é do tipo que gosta de um desafio, vamos incrementar. Aqui vão duas sugestões, as quais pratico em casa: sabe aquela caixa na qual veio o par de sapatos que você ganhou no Natal? Dá pra mandá-la direto pro lixo, sem problema algum, ou você pode desmontá-la antes de se desfazer dela, pois assim ela não ocupará tanto espaço na sua lixeira. Não é preciso fazer isso, embora seja uma opção.
Sugestão 2: lave as embalagens antes de mandá-las pro lixo. Isso evita que os produtos “deem” um cheiro desagradável. Esta é uma atitude que talvez não influencie muito na sua casa, considerando que o lixo é retirado a cada 2 dias, porém ela é muito importante pro pessoal que faz o trabalho de separação dos lixos. Pense em toneladas de materiais distribuídas dentro de um barracão. Quanto mais resíduo orgânico tiver, seja um pedaço de carne que caiu sem querer no lixo errado, seja a gordura da embalagem de margarina que você teve preguiça de lavar, maior o número de visitantes indesejados atraídos pelo cheiro forte (como ratos, cachorros, gatos, baratas, etc.).
Ah, e já que citei os animais, aqui vai mais uma sugestão, que não estava na contagem inicial: quando você for levar o lixo pra rua, pra que ele seja recolhido, certifique-se de que ele está bem protegido. Se você usa sacos plásticos, compre os de boa qualidade pra evitar que cachorros, gatos ou roedores os rasguem. Aliás, o ideal é ter um cesto com tampa, que assim nem os bichinhos, nem a chuva serão capazes de danificar o saco plástico.
Aqui tem um vídeo legal, de uma matéria feita sobre reciclagem e catadores de lixo pela ÓTV Curitiba, uma emissora aqui da cidade. Ela traz um dado muito interessante – e assustador! – do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: o Brasil perde anualmente cerca de 8 bilhões de reais ao mandar pro lixo materiais que poderiam ser reciclados. É um dinheirinho bom, né?
Assim nós começamos nossa caminhada sustentável (que bonito isso!). É com um passinho de cada vez que vamos tentar dar uma forcinha pra natureza. Esta primeira tarefa não é difícil e tenho certeza que você consegue fazer dela um hábito rapidinho! Vamos tentar?

Boa quarta-feira,
Mariana

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6 comentários sobre “Práticas de sustentabilidade: a separação do lixo

  1. Oi, Mariana, concordo com vc. São pequenas mudanças que a gente adiciona em nossa rotina, sem causar transtornos, e que surtem um baita resultado. Minha sogra costuma até “reciclar” numa lixeira com terra as cascas de frutas e legumes e transforma em adubo. O cheiro não fica muito agradável, mas as plantas agradecem. Beijo, Helka

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    1. Que legal, Helka! Sei que dá pra fazer isso, mesmo, mas até então eu não “conhecia” alguém que fizesse. Fico muito contente quando vejo pessoas que levam estas atividades a sério (minha sogra é uma delas).
      Tem muita alternativa pro lixo orgânico. Mas o desperdício toma conta da gente…

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  2. Oi Mariana!
    É um ótimo exercício.
    No nosso bairro temos coleta seletiva acho que desde 2000/2002 por aí,
    Sei que tem muito tempo.
    Nosso lixo já é todo separado,mas acho que hoje em dia disputo muito com a coleta rs pois acabo ficando com muita coisa na minha coleta particular para reciclar depois..
    Caixas de sapatos ficam todas por aqui!!!
    Aqui perto temos também coleta de óleo, cartuchos e pilha..
    Sao atitudes simples e com resultado que somam!
    Já é hábito lavar os recipientes e separar tudo.
    Apoio e pratico :)

    bjs,ótimo dia

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    1. Oi, Maria.
      Mas é engraçado pensar que tem muita gente que não está nem aí pra isso, né? Acho incrível!
      Eu pensei em falar sobre reaproveitamento no post, mas pensei que ficaria muito grande. Então, pra um próximo, tocarei no assunto. A maioria das pessoas nem imagina o que dá pra fazer com o “lixo”!

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  3. Adorei ter tocado neste assunto Mari! Acho super importante. No meu prédio eles contrataram uma empresa pra retirar o lixo reciclável, então todo mundo separa. Quando vou na casa de alguém que não separa fico com muita aflição e dó de jogar “preciosidades” no lixo comum! Mas estas empresas particulares aqui em SP estão sobrecarregadas, então só aceitam o lixo se ele tiver bem limpo! Acima de uma porcentagem de resíduos, eles param de retirar!! Então todo mundo tem que tomar o maior cuidado e limpar tudo direitinho. O volume de lixo reciclável é enorme! Imagina se fosse pro lixo comum… Bjos!!

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    1. Aqui, até onde sei, o trabalho é feito pelos catadores da prefeitura, mesmo. Acho que não tem empresa privada na jogada, por enquanto. Mas é muita grana jogada fora, né, Isa? 8 bilhões de reais… meu Deus! Temos que cuidar disso com carinho rs.

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